Trilho do Pastor e Festas do Sardoal
Dia 20 de Setembro
Pelo S. Mateus não peças chuva a Deus. Pois não, ela cai em força sem ser anunciada!
Destino desconhecido para muitos foi com surpresa que nos deparámos com uma iniciativa no sentido de dotar a região com 4 percursos pedestres. Estamos a falar do Sardoal, terra com muita história e ponto de passagem do caminho de Santiago.
Iniciámos o passeio pedestre - trilho do Pastor -, na praça da República, junto ao pelourinho, obra de Raul Lino, num espaço criado nos anos trinta, do sec. XIX, onde se destaca um painel de azulejos sobre Gil Vicente,
Pelas ruelas da vila, ideia óptima que permite conhecer o centro histórico, vamos circulando em direcção aos caminhos ancestrais que desembocam em hortas e olivais.
O caminho é de terra, ladeado aqui e ali por muros de pedra. Logo no início deparamo-nos com árvores de grande porte, nomeadamente um sobreiro altaneiro, à sombra do qual se construíram memórias, ao longo de séculos. Sim, aqui o tempo está presente, não só no caminho que pisamos, e nos muros que o ladeiam, mas sobretudo nas inúmeras de oliveiras centenárias que povoam a paisagem. Descendo por um carreiro que se confunde com os trilhos das ovelhas (do pastor!), ladeamos uma linha de água profunda e escura, preenchida de matorral, que possivelmente deu nome a este vale - Vale Medonho -...ou terão sido as estórias tecidas por caminheiros assustados?
A vereda desemboca em novo caminho ao lado do qual, à direita, jazem para sempre os restos de uma vintena de oliveiras portentosas. Oxalá esta terra tenha melhor sorte!
Num aglomerado de construções, algumas em ruínas, testemunho de uma grande quinta, alguém saúda o pastor e pergunta pelo rebanho: - Hoje andam lá pr'a cima!
As figueiras atraem a atenção de uns quantos, quer dizer os figos. A chuva que tem caído intensa este Setembro, não os tem ajudado a medrar.
Estas, algumas videiras, marmeleiros e diospireiros,atestam o uso destes terrenos outrora - as hortas -.
O grupo volta a juntar-se graças à pequena subida à nossa frente.
A fonte das três bicas sacia a sede e a curiosidade dos alfacinhas.
Embora chegados à vila por uma bela calçada ainda nos esperam uns longos dois quilómetros para o final desta aventura. Um carreiro íngreme faz hesitar uns quantos. Aqui são os famigerados eucaliptos que nos rodeiam.Agora reparo que o grupo é composto por muita gente jovem, além dos imberbes que vieram de Lisboa. Oxalá este hábito de andar a pé se entranhe nestas paragens e os quatro percursos agora propostos sejam um êxito.
E porque muito se falou de Gil Vicente - curiosa uma bela construção de 1900, onde parece ter funcionado um teatro -, e porque os sardoalenses o reivindicam como seu, aqui deixo um acesso onde podeis saber mais sobre essa personalidade incontornável da nossa identidade.
E dos Almeidas, aos quais parecem dever-se as frequentes visitas da corte desde o séc.XVI, tendo estas, certamente, contribuído para a grandeza desta terra, atestada sobretudo na riqueza das suas igrejas e capelas.
E do mestre Sardoal... E de Vicente Gil e Manuel Vicente ...E do primaz do Brasil...
Trilho do Pastor SRD-2 FESTAS do SARDOAL
Pelo S. Mateus não peças chuva a Deus. Pois não, ela cai em força sem ser anunciada!
Destino desconhecido para muitos foi com surpresa que nos deparámos com uma iniciativa no sentido de dotar a região com 4 percursos pedestres. Estamos a falar do Sardoal, terra com muita história e ponto de passagem do caminho de Santiago.
Iniciámos o passeio pedestre - trilho do Pastor -, na praça da República, junto ao pelourinho, obra de Raul Lino, num espaço criado nos anos trinta, do sec. XIX, onde se destaca um painel de azulejos sobre Gil Vicente,
Pelas ruelas da vila, ideia óptima que permite conhecer o centro histórico, vamos circulando em direcção aos caminhos ancestrais que desembocam em hortas e olivais.
O caminho é de terra, ladeado aqui e ali por muros de pedra. Logo no início deparamo-nos com árvores de grande porte, nomeadamente um sobreiro altaneiro, à sombra do qual se construíram memórias, ao longo de séculos. Sim, aqui o tempo está presente, não só no caminho que pisamos, e nos muros que o ladeiam, mas sobretudo nas inúmeras de oliveiras centenárias que povoam a paisagem. Descendo por um carreiro que se confunde com os trilhos das ovelhas (do pastor!), ladeamos uma linha de água profunda e escura, preenchida de matorral, que possivelmente deu nome a este vale - Vale Medonho -...ou terão sido as estórias tecidas por caminheiros assustados?
A vereda desemboca em novo caminho ao lado do qual, à direita, jazem para sempre os restos de uma vintena de oliveiras portentosas. Oxalá esta terra tenha melhor sorte!
Num aglomerado de construções, algumas em ruínas, testemunho de uma grande quinta, alguém saúda o pastor e pergunta pelo rebanho: - Hoje andam lá pr'a cima!
As figueiras atraem a atenção de uns quantos, quer dizer os figos. A chuva que tem caído intensa este Setembro, não os tem ajudado a medrar.
Estas, algumas videiras, marmeleiros e diospireiros,atestam o uso destes terrenos outrora - as hortas -.
O grupo volta a juntar-se graças à pequena subida à nossa frente.
A fonte das três bicas sacia a sede e a curiosidade dos alfacinhas.
Embora chegados à vila por uma bela calçada ainda nos esperam uns longos dois quilómetros para o final desta aventura. Um carreiro íngreme faz hesitar uns quantos. Aqui são os famigerados eucaliptos que nos rodeiam.Agora reparo que o grupo é composto por muita gente jovem, além dos imberbes que vieram de Lisboa. Oxalá este hábito de andar a pé se entranhe nestas paragens e os quatro percursos agora propostos sejam um êxito.
E porque muito se falou de Gil Vicente - curiosa uma bela construção de 1900, onde parece ter funcionado um teatro -, e porque os sardoalenses o reivindicam como seu, aqui deixo um acesso onde podeis saber mais sobre essa personalidade incontornável da nossa identidade.
E dos Almeidas, aos quais parecem dever-se as frequentes visitas da corte desde o séc.XVI, tendo estas, certamente, contribuído para a grandeza desta terra, atestada sobretudo na riqueza das suas igrejas e capelas.
E do mestre Sardoal... E de Vicente Gil e Manuel Vicente ...E do primaz do Brasil...
Trilho do Pastor SRD-2 FESTAS do SARDOAL
À semelhança da Via Romana, inaugurada em 7 de setembro passado, também este apresenta duas opções: um percurso total de 7,2km com duração aproximada duas horas e meia e grau de dificuldade médio/alto ou um percurso alternativo com 5,7 km, duração aproximada de duas horas e grau de dificuldade médio.
A participação é gratuita e não se encontra sujeita a inscrição.
Recorde-se que a Câmara Municipal planeia inaugurar os outros dois percursos da rede até ao final do ano.
A recuperação e preservação do património cultural, ambiental e natural têm sido assumidas pelo Município como importantes orientações estratégicas. Assim, a definição de uma rede de percursos pedestres neste Concelho tem como finalidade dar a conhecer este património de forma estruturada, organizada e integrada.
Refira-se que o pedestrianismo, enquanto uma modalidade dos denominados desportos de natureza, contribui diretamente para o desenvolvimento socioeconómico das zonas rurais.
A participação é gratuita e não se encontra sujeita a inscrição.
Recorde-se que a Câmara Municipal planeia inaugurar os outros dois percursos da rede até ao final do ano.
A recuperação e preservação do património cultural, ambiental e natural têm sido assumidas pelo Município como importantes orientações estratégicas. Assim, a definição de uma rede de percursos pedestres neste Concelho tem como finalidade dar a conhecer este património de forma estruturada, organizada e integrada.
Refira-se que o pedestrianismo, enquanto uma modalidade dos denominados desportos de natureza, contribui diretamente para o desenvolvimento socioeconómico das zonas rurais.
Etiquetas: almeidas, fonte, gil vicente, municipal, pastor, raul lino, Sardoal, sobreira formosa, trilho
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home