segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Parque Natural de Cornalvo Extremadura e ... romanos, bárbaros e árabes 11 DEZ

Mais uma invenção do nosso guia espiritual - Visitar coisas de Romanos.
Após milhentas desistências de última hora lá fomos 33 apenas, ou melhor, caminhantes, em direcção a terras que outrora foram lusitanas e por breve trecho da história portucalenses - MÉRIDA.
A Extremadura estende-se junto à fronteira alentejana e dea colhe muito da paisagem - sobreiros, azinheiras -, enfim o montado. O Parque de Cornalvo é isso mesmo - um imenso montado.
As organizações, as instituições aqui funcionam. Tínhamos à nossa espera um simpático guarda do Parque no Centro de Interpretación de Cornalvo. Desculpem o aparte, mas não me contenho ... Aqui não se esbanja dinheiro a construir centros da ciência viva - nem em instalações, nem em pessoal. O guia e guarda fechou a porta e convidou-nos a entrar. Primeiro numa magnífica sala multilédia conhecemos toda a história do Parque e, ainda mais importante, o valor da paisagem humanizada, onde bichos e homens, convivem em harmonia, desde o tempo dos romanos. Depois passámos ás diversas salas onde se descobrem a fauna e a flora deste paraíso. De seguida, improvisando no papel de batedor, acompanha o autocarro para nos deixar já em pleno parque, fazendo-nos poupar uns 6 km. Mesmo assim caminhamos uns longos dezasseis quilómetros.
Acampamos à beira da água para uma merenda frugal. Milhares de patos e galinhas de água, povoam o grande lago.
Vamos contornando a massa de água, observando aqui e ali , gansos, garças e até os grous passam sobre as nossas cabeças.
Deixamos a barragem e vamo-nos internado em direcção norte. Um pouco perdidos atalhamos junto a uma ribeira, no local chamado Ruidera, e ainda avistamos as Sierras Bermeja e del Moro. Entre giestas gigantes regressamos ao caminho e decidimos voltar pois ainda temos um bom par de horas até ao autocarro.
No percurso visitamos as tomadas de água que através de condutas subterrâneas conduziam o precioso líquido para a represa.
Contornamos a lagoa artificial pela outra margem entre estevas e azinheiras. Centenas de patos assustados levantam em voos rasantes buscando paragens mais seguras. Deste lado sente-se penetrar a humidade até aos ossos. Chegamos por fim ao grande paredão da barragem romana - uma das três que abasteciam a Emerita Augusta, terra de descanso dos guerreiros. O paredão construído com enormes pedras de cantaria, desenvolve-se no exterior em socalcos até atingir o nível do canal.
O Hotel Velada acolhe-nos para um banho reconfortante. Depois deambulamos pelas ruas e ruelas inspirando o estranho ar da Emerita moderna e buliciosa, até cairmos rendidos entre "canãs y embutidos de cerdo ibérico" em "La Despensa del Castuo" en la calle ou rúa de Cabo Verde.

Etiquetas: , , ,

1 Comments:

Blogger Santareias said...

Atrevam-se, espetem aqui as vossas fotos desinspiradas!

segunda-feira, janeiro 24, 2011 9:48:00 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home


  •