sábado, 15 de maio de 2010

Etapa 3 - Itero de la Vega - Villarmentero de Campos - A sirga, o canal de Castilla y a Capela românica de Frómista

Saímos pela ponte que cruza o Rio Pisuerga. Em Itero de la Vega não vimos vivalma. Seriam quase 9 horas.  Caminhos de terra entre campos de cereal – verde a perder de vista. A dureza deste percurso traduziu-se num vento intenso que nos dificultava a progressão. O frio continua a lembrar-nos o ano extraordinário que atravessamos  - chuva e neve em meados de Maio.
A primeira paragem fazê-lo em Boadilla del Camino num Albergue muito bem acondicionado,  onde o bom gosto se  estende também pelos inúmeros quadros representando naturezas mortas. No jardim as alfaias agrícolas decoram todos os recantos. Até temos um muro recuperado em taipa – mistura de palha e barro.
É  grato encontramos nestes pequenos aglomerados muitas casas recuperadas com os materiais de antes. Além da beleza e da defesa da tradição, certamente suportarão melhor as temperaturas extremas, tanto no verão como no Inverno.
O canal de Castilla realizado entre meados do sec. XVIII e meados do séc. XIX, vai agora acompanharmos durante quilómetros.  Inicialmente usado para escoar os cereais dos campos castelhanos, foi depois adaptada para irrigar os cultivos.
Caminhamos pelo muro de sirga do canal. Os animais puxavam as barcaças desde o caminho que corria paralelo ao curso de àgua. Dezenas de eclusas permitiam salvar os desníveis.
O momento alto do dia de hoje será a visita a Fromista. Ao deixarmos o canal topamos com um troço que apresenta ainda quatro eclusas e a casa das máquinas.
Chegamos a Fromista e dirigimos-nos para a Igreja de San Martin, para uma visita incontornável. Temos aqui uma jóia do Românico espanhol.  A recuperação foi perfeita e merece uma visita demorada e atenta. Ainda existem outras duas Igrejas que merecem ser admiradas.
Almoçámos e continuámos a nossa marcha por um caminho que ladeia a estrada. Em Población de Campos deixámos a estrada e escolhemos um caminho que corre paralelo ao rio Ucerza. Ninguém nos segue e o trilho parece estar abandonado. Efectivamente! Arvores caídas, caminho coberto de erva, entulho trazido pela enxurrada. Começa a chover copiosamente. Apenas as milhentas aves que povoam os arrabaldes do rio nos alegram a passagem. Bandos de pombos bravos, rouxinóis, pica-peixe, até uma garça cinzenta esvoaça sobre nós. Por fim chegamos à Casona Dona Petra, onde nos esperam os nossos anfitriões e uma catrefa de jornalistas jovens. 

1 Comments:

Blogger tigusto said...

Na volta o PEC também nos tirou o Verão... e aos espanhóis! Fazem bem ir visitando alguns pontos emblemáticos pelo caminho. O alojamento promete: ;-)
Recomiendo yo visitar
de Dª Petra su Casona,
buena cama en su zona
y aún mejor yantar.

sábado, maio 15, 2010 5:55:00 da tarde  

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