terça-feira, 18 de maio de 2010

Caminho de Santiago - Etapa 5 a SAHAGUN

De Calzadilla de la Cueza, partem caminhos vários. uns pelo bosque, outros pela estrada fora. Vamos pela estrada. A etapa não parece dura e o cantar das aves anima a andadura. Um bosque de carvalhos esconde os passariformes que aqui se reúnem à s centenas. afinal o caminho do bosque vai cruzar o nosso caminho mais adiante. Quatro franceses brotam repentinamente dos arbustos e ficam a tagarelar à nossa passagem. As almas que nos vinham acompanhado desde o início desaparecem das nossas vidas. Já não reconhecemos ninguém. O pequeno almoço necessita reforço mas o primeiro albergue apesar de ostentar o letreiro de aberto encontra-se em limpezas.
É habitual os Albergues estarem fechados até às doze horas. Como nas povoações que cruzamos não existem mais opções para abastecimento o resultado pode representar quilómetros de esforço complementar. Portanto levem sempre merenda para umas cinco horas de caminhada.
Por fim lá encontramos um albergue que nos dá guarida e alimento.
Encontramos um peregrino alemão com quem nos cruzámos dias antes, mas a amabilidade espantosa do cidadão em dia de solidão parece ter-se esfumado.
Bocadillos y café fazem as nossas delícias e seguimos caminho. Sempre ao longo da estrada que atravessa campos de cereal, como em quase em toda a viagem desde Burgos, mas já sem a beleza dos primeiros dias, chegamos aos arrabaldes de Sahagún.
Uma capela românica em restauro um pouco antes de chegar a Sahagún merece um repouso demorado antes de entrar na caótica cidade.
Após uma refeição no Mesón mesmo em frente ao imponente albergue situado numa Igreja, decidimos fazer mais uns quilómetros.
Saímos de sahagun pela ponte setecentista e por uma alameda de choupos até ao cruzamento onde os caminhos se dividem em duas alternativas. Continuamos pelo mais urbano, que segue junto a uma estrada. A escolha foi decepcionante pois o caminho atravessa as obras do TGV cá da terra e obriga-nos a constantes desvios sem qualquer encanto. Apressamos o paço e após umas duas horas chegamos a Bercianos del Real Camino.
Hoje foi fácil. O alojamento é condigno e lançamo-nos à procura de alimento.
Esta terra apresenta-se triste e desolada. São raros os bares abertos e ainda mais raras as pessoas que os frequentam. Talvez os quatro graus de temperatura expliquem este fenómeno. Ou será a crise?
Por fim encontramos um local quase deserto que nos serve um jantarinho.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Força amigos o CAMINO é vosso, disfrutar cada metro, cada paisagem, cada companhia e um bom vinho numa farta mesa

terça-feira, maio 18, 2010 3:40:00 da tarde  
Blogger tigusto said...

É uma pena quando os trilhos dão lugar a estradas e, pior, quando se apanham grandes obras em curso como essa, auto estradas ou gasodutos estragando definitivamente o encanto de um caminho. Aqui já mudámos de estação mas 28ºC também não é o melhor para caminhar!
Abraço e Bon Camino!

terça-feira, maio 18, 2010 8:07:00 da tarde  

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