segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Trilho del Perro - Novos Caminhos


17 de Outubro de 2009-Trilho del Perro - Novos Caminhos
A ideia de pregar em todas as freguesias e para todos os públicos, até parece louvável.
Nesta amalgama de "caminheiros", há os que preferem sempre a subir, os que gostariam que fosse sempre a descer, os que nem por isso e os tanto faz.
Para contentar gregos e troianos e ainda os familiares de uns e outros, além dos percursos de montanha, inventámos os ribeirinhos, percorremos os sinalizados, os não sinalizados, os guiados, os selvagens, etc.
Desta vez queríamos - ainda queremos -, trazer para as luzes da ribalta, aqueles que se escudam nas 7 horas da manhã, nos fins de semana intermináveis, ou nos compromissos inadiáveis.
Por isso viemos propor "Novos Caminhos", sem compromissos e pensámos nós, mais viáveis - das 9h00 às 13h00, sábado ou Domingo, e abertos a todos.
Mas as nossas habilidades de encantadores de serpentes apenas conseguiram levantar um punhado de boa gente.
A meia dúzia de amigos que se juntou para o passeio pedestre deslumbrou-se com a paisagem e aproveitou lindamente a manhã de sábado.
O percurso iniciou-se junto à Nato, ali para os lados da Fonte da Telha, e decorreu pela arriba fóssil da Costa da Caparica, pejada de arbustos e pinheiros retorcidos pela força dos elementos.
Descemos por entre pinheiros bravos, em terreno muito arenoso e difícil. Ao chegar à arriba começamos a deslocar-nos paralelamente ao mar desfrutando de umas vistas deslumbrantes que se prolongam desde o Cabo Espichel à Serra de Sintra.
O trilho desenvolve-se em ziguezague junto à falésia, e ora se afasta ora se aproxima da linha da praia, contornando os lindíssimos "canyons" formados pelas chuvas e por muitos anos de erosão. De início mostra-se bastante bem acondicionado e visível, mas passada a primeira meia hora começa a complicar-se. Nota-se que por aqui já não chegam os veraneantes e os ramos dos arbustos invadem e escondem a vereda.
Os frutos intensamente brancos das camarinhas saciam-nos a sede provocada pelo intenso calor que se começa a sentir, embora estejamos em meados de Outubro.
Já próximo da Lagoa de Albufeira a vegetação torna-se mais rasteira e volta a areia muito solta, que aliada ao cansaço torna o passeio muito duro.
Por fim avistamos a lagoa marcada pela maré baixa, pontilhada de milhares de gaivotas nos ilhotes que se formam.
Paramos para merendar, e após o merecido descanso iniciamos o regresso pela praia.
A maré, enganadoramente baixa, dificulta-nos os passos devido às imensas e fofas dunas formadas pelas marés vivas.
Vistas cá debaixo e sob o sol de Outono as arribas projectam sombras que as embelezam ainda mais.
Subimos a arriba por um trilho muito inclinado e difícil e lá de cima paramos uma última vez espraiando o nosso olhar por aquelas paisagens magníficas. Fica a promessa de voltarmos na Primavera e trazermos mais amigos.















1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Espectacular paisagem e, pasme-se, em 17 de Outubro!
Excelente iniciativa!
jal

segunda-feira, outubro 19, 2009 11:14:00 da tarde  

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