MInho - Cerveira e Paredes de Coura

O mau tempo vai levar-nos até ao Minho. Época de desfolhadas, que a vindima já lá vai. O passeiozinho vai incluir visitas, gastronomia e maus caminhos. Não tantos, como seria desejável. Depois de uma visita ao centro histórico contamos abastecer-nos na feira semanal e seguir para a Serra de Covas.
A lua cheia promete vistas deslumbrantes desde a Estalagem da Boega, onde nos aconchegará um jantarinho Aquilianiano, digno da Grande Casa de Romarigães.
No dia seguinte partimos para a Terra de Coyra, segundo D. Manuel, onde agradáveis trilhos nos esperam. Pela tarde visitas, ao Museu Regional e ao CEIA e claro o aconchegozinho de uma ceia minhota.
Para finalizar, no 5 de Outubro, comemoramos a implantação da República com uma marcha civil, no Corno do Bico, seguida de uma lauta refeição na Castanheira. Na volta contamos como foi. E já agora uma citação do Romance da Raposa de Aquilino Ribeiro para apimentar o próximo passeio.
«Havia três dias e três noites que a Salta-Pocinhas - raposeta matreira, fagueira, lambisqueira - corria os bosques, farejando, batendo mato, sem conseguir deitar a unha a outra caça além de uns míseros gafanhotos, nem atinar com abrigo em que pudesse dormir um sonhinho descansado. Desesperada de tão pouca sorte, vinham-lhe tentações de tornar para casa dos pais, onde, embora subterrânea, a cama era mais quente e segura que em castelo de rei, e onde nunca faltava galinha, quando não fosse fresca, de conserva, ou então coelho bravo, acabado de degolar.»