Montalegre I - 05 de Outubro de 2007
5, 6 e 7 de Outubro de 2007.
Dias 5, 6 e 7 de Outubro foi tempo de ir até terras do Barroso. Fica o texto na companhia de algumas fotos destes dias fantásticos passados nestas terras da raia.
Por cá também se anda a pé ….. de preferência “Sempre por maus caminhos”.
Num dos últimos passeios pedestres participámos cerca de 60 sócios dos nossos Serviços Sociais em Terras do Barroso.
Muitas horas de viagem depois lá chegámos a Tourém ( isto sim, representa o Portugal profundo!). Aldeia do Gerês com muitas estórias do contrabando e ainda muitas vaquinhas circulando livremente pelas ruas impecavelmente empedradas.
Durante a tarde “invadimos” o território galego, perfazendo 14 km de percurso, saltitando linhas invisíveis que dividem territórios mas não as pessoas.
Já noite juntamo-nos na casa do Padre Fontes, conhecido pelos encontros de divulgação das medicinas alternativas e vivemos uma noite de bruxedos incríveis.
No dia seguinte o sol radioso da Serra do Gerês, acompanhou-nos até às brumas matinais das margens do rio Cavado. O percurso que nos esperava estendia-se por 22 km e prometia. Pela manhã atravessámos riachos saltitando pelas “poldras” ou caminhando sobre pontes medievais, embrenhámo-nos em bosques de carvalhos, tropeçámos em restos arqueológicos e culminámos – a parte final foi sempre a subir, na aldeia de Paredes do Rio, onde nos presentearam com alheiras, salpicões e presuntos até fartar. Mas o melhor estava para vir. Esta aldeia tem vindo a recuperar a memória deste lugar bem patente no moinho de água, no pisão, no lagar, na Igreja e na “venda” – tipo supermercado dos tempos modernos onde se misturam a erva-doce, o mel, os cestos, o azeite, o vinho, os panos, etc.
No fim, e para encantar os boquiabertos lisboetas, uma manada de vacas barrosãs com as suas cornamentas descomunais invadiu as ruas como que a modo de despedida e … voltem sempre.
Mais uns 12 km apenas e mais caminhos e aldeias de pedra erguidas, sem faltar uma visita à torre do boi terminamos o dia em beleza e muito extenuados.
Mas à noite ainda nos presentearam, aos comparsas alojados em Tourém, e a mais alguns convidados (cerca de 40 pessoas apenas), com algo inesquecível e único:
- entra, de rompante, um grupo de gaiteiros tocando e encantando com as suas gaitas de foles, enchendo o pátio da casa com sons ancestrais e que este grupo de Gaiteiros de Pitões das Júnias teima em manter, lindo.
Terceiro dia e mais uma canseira, ou talvez não. Uma visita fugaz à cascata e ao Mosteiro de Pitões das Júnias e eis-nos transportados para saberes e sabores de outros tempos. Esperava-nos uma fornada de pão de centeio, acabadinha de sair do forno comunitário.
Após uns mordiscos naqueles pães enormes preparados para alimentar a casa de lavoura durante uma quinzena, fomos guiadas para uma visita ao pólo do Ecomuseu das Terras do Barroso em Pitões das Júnias. Aí revivemos algumas artes dos nossos avós –a tecelagem, a arte do ferreiro, as compotas, o mel, etc.
Para terminar esta viagem nada melhor do que um repasto composto por enchidos transmontanos, uma posta mirandesa suculenta e os doces caseiros a acompanhar o queijo de cabra.
Locais a visitar: Tourém, Pitões das Júnias e o seu Ecomuseu, Paredes do Rio e na Galiza o Couto Misto.
Onde comer: Casa dos Braganças, Associação de Paredes do Rio (por encomenda).
Onde Dormir: Casa dos Braganças em Tourém, Hotel N.ª Senhora dos Remédios em Mourilhe (Padre Fontes) e Casa do Seminário em Gralhas.
"Briefing" em Tourém
Trilhos
Forno do Povo
Fronteira I
Fronteira II
Couto Misto / Mixto... só visto!!
Fronteira III ou nova versão do Tratado de Tordesillas?!!
Atrevam-se
Dias 5, 6 e 7 de Outubro foi tempo de ir até terras do Barroso. Fica o texto na companhia de algumas fotos destes dias fantásticos passados nestas terras da raia.
Por cá também se anda a pé ….. de preferência “Sempre por maus caminhos”.
Num dos últimos passeios pedestres participámos cerca de 60 sócios dos nossos Serviços Sociais em Terras do Barroso.
Muitas horas de viagem depois lá chegámos a Tourém ( isto sim, representa o Portugal profundo!). Aldeia do Gerês com muitas estórias do contrabando e ainda muitas vaquinhas circulando livremente pelas ruas impecavelmente empedradas.
Durante a tarde “invadimos” o território galego, perfazendo 14 km de percurso, saltitando linhas invisíveis que dividem territórios mas não as pessoas.
Já noite juntamo-nos na casa do Padre Fontes, conhecido pelos encontros de divulgação das medicinas alternativas e vivemos uma noite de bruxedos incríveis.
No dia seguinte o sol radioso da Serra do Gerês, acompanhou-nos até às brumas matinais das margens do rio Cavado. O percurso que nos esperava estendia-se por 22 km e prometia. Pela manhã atravessámos riachos saltitando pelas “poldras” ou caminhando sobre pontes medievais, embrenhámo-nos em bosques de carvalhos, tropeçámos em restos arqueológicos e culminámos – a parte final foi sempre a subir, na aldeia de Paredes do Rio, onde nos presentearam com alheiras, salpicões e presuntos até fartar. Mas o melhor estava para vir. Esta aldeia tem vindo a recuperar a memória deste lugar bem patente no moinho de água, no pisão, no lagar, na Igreja e na “venda” – tipo supermercado dos tempos modernos onde se misturam a erva-doce, o mel, os cestos, o azeite, o vinho, os panos, etc.
No fim, e para encantar os boquiabertos lisboetas, uma manada de vacas barrosãs com as suas cornamentas descomunais invadiu as ruas como que a modo de despedida e … voltem sempre.
Mais uns 12 km apenas e mais caminhos e aldeias de pedra erguidas, sem faltar uma visita à torre do boi terminamos o dia em beleza e muito extenuados.
Mas à noite ainda nos presentearam, aos comparsas alojados em Tourém, e a mais alguns convidados (cerca de 40 pessoas apenas), com algo inesquecível e único:
- entra, de rompante, um grupo de gaiteiros tocando e encantando com as suas gaitas de foles, enchendo o pátio da casa com sons ancestrais e que este grupo de Gaiteiros de Pitões das Júnias teima em manter, lindo.
Terceiro dia e mais uma canseira, ou talvez não. Uma visita fugaz à cascata e ao Mosteiro de Pitões das Júnias e eis-nos transportados para saberes e sabores de outros tempos. Esperava-nos uma fornada de pão de centeio, acabadinha de sair do forno comunitário.
Após uns mordiscos naqueles pães enormes preparados para alimentar a casa de lavoura durante uma quinzena, fomos guiadas para uma visita ao pólo do Ecomuseu das Terras do Barroso em Pitões das Júnias. Aí revivemos algumas artes dos nossos avós –a tecelagem, a arte do ferreiro, as compotas, o mel, etc.
Para terminar esta viagem nada melhor do que um repasto composto por enchidos transmontanos, uma posta mirandesa suculenta e os doces caseiros a acompanhar o queijo de cabra.
Locais a visitar: Tourém, Pitões das Júnias e o seu Ecomuseu, Paredes do Rio e na Galiza o Couto Misto.
Onde comer: Casa dos Braganças, Associação de Paredes do Rio (por encomenda).
Onde Dormir: Casa dos Braganças em Tourém, Hotel N.ª Senhora dos Remédios em Mourilhe (Padre Fontes) e Casa do Seminário em Gralhas.
"Briefing" em Tourém
Trilhos
Forno do Povo
Fronteira I
Fronteira II
Couto Misto / Mixto... só visto!!
Fronteira III ou nova versão do Tratado de Tordesillas?!!
Atrevam-se Foto de família
Vamos já embora!
Em plena Queimada no Hotel Rural de Mourilhe.
Padre Fontes em más companhias!
Imagens destas são a prova final e conclusiva da qualidade da "Queimada"! Isto é praticamente... milagre!
posted by tigusto at 20:31:00
1 Comments:
Era uma pena queimar estas bruxinhas mas parece-me que elas queimaram uns neurónios! Se calhar estavam a mais!
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